Sara retornou a Paris após três dias em Londres.
Nesse ínterim, passeei bastante à pé, principalmente na região de Montmartre, onde estava hospedado e assisti bastante à televisão francesa.
Também peguei o metrô e fui andar à toa, vendo lojas e curtindo a cidade com mais calma.
Foi um pouco difícil ficar sem a Sara, pois ela consegue falar e entender francês apesar de não ser fluente.
Antes da Sara viajar para Londres, quis ir à Torre Eiffel várias vezes, mas nunca dava certo pois ela queria ver vários outros lugares num mesmo dia, sempre seguindo o seu livro turístico de Paris e, com isso, deixávamos a torre sempre por último.
"- Ah, Sérgio... vamos ver o palácio tal, o prédio tal, vamos fazer uma caminhada pelo Rio Sena, aqui no livro diz que é muito interessante! Veja aqui no mapa como será fácil!..."
Resultado: sempre que íamos, chegávamos a poucos minutos de a torre se apagar.
Aprendi, com tristeza, que isso sempre ocorria por volta de 1 da manhã.
Assim, nestes dias em que estive sozinho, aproveitei para comprar uma boa garrafa de vinho (um Cabernet Sauvignon 2003 chamado "Baron de Le Castel" que descobri no Supermercado Champion) e fui à Torre um dia à noite somente para admirá-la.
Foi muito bom!
Não subi pois queria esperar a Sara voltar para ir comigo.
Quando Sara voltou, disse à ela que era melhor não ficarmos mais juntos, pois meu sentimento por ela tinha mudado após algumas semanas de convivência.
O fato de ela ter voltado para Londres para ver sua amiga e me deixado sozinho também pesou muito nesta decisão.
Ela ficou muito triste e chorou muito.
Disse que não iria mais para Barcelona comigo.
Lamentei, mas disse à ela que não precisava de um "guia turístico" em Barcelona pois tinha três grandes amigos lá.
Após muita conversa, resolvemos que era melhor ela ir para Barcelona e que nos tornaríamos amigos possivelmente "coloridos" dependendo do que rolasse.
Foi melhor assim.
Tínhamos mais três dias em Paris e resolvemos que iríamos ao Louvre, a Versailles e, finalmente, à Torre Eiffel.
Fomos a Versailles num sábado.
Mantendo a tradição, chegamos atrasados - por volta das 16h - e não entramos no castelo, que fechava às 16h30.
Tínhamos perdido muito tempo comprando nossas passagens para Barcelona pela internet. Optamos pela Ryanair, uma empresa de baixo custo que utiliza aeroportos bem distantes dos centros das cidades. Daí, perdemos um bom tempo comprando passagens de ônibus para chegar ao aeroporto.
Com este atraso, visitamos apenas os jardins do Palácio de Versailles, que são fantásticos!
A viagem para Versailles, que fica a 1h30 de Paris, valeu por isso.
Os jardins são realmente impressionantes!
Para mim foi interessante saber que os jardins são abertos ao público em geral, gratuitamente, e lá dentro existem alguns restaurantes, bicicletas para alugar e pessoas fazendo cooper.
Gostamos tanto que ficamos lá dentro mesmo após terem fechado os portões.
Saímos de lá por volta de 19h30.
O guarda perguntou se sabíamos que estava fechado.
Dissemos que não e nos fizemos de desentendidos, rs...
No domingo, nos programamos para ir à Torre Eiffel, pois havíamos comprado nossas passagens para Barcelona para segunda à noite e queríamos subir a torre antes.
Chegamos à torre por volta de meio dia e ficamos surpresos com a quantidade de turistas que havia. Eram tantos que resolvemos desistir.
Decidimos acordar cedo na segunda-feira e tentar novamente.
Quem diria... deixamos para o último dia!
Fomos passear nos Jardins de Luxemburgo (belíssimo!) e no Quartier Latin.
Ainda bem que sempre há algo a mais para se fazer em Paris!
Na segunda, o tempo amanheceu incrivelmente nublado.
Chegando na torre, vimos que a fila não estava tão grande mas, infelizmente, havia um aviso dizendo que o último piso da torre estava fechado por causa da neblina.
Fiquei muito desanimado!
Mesmo assim, como era nossa última oportunidade, resolvemos subir.
Não teríamos uma boa visibilidade, mas pelo menos iríamos visitar a torre, indo até o segundo piso (são 3 pisos: o primeiro é um restaurante panorâmico, o segundo é um mirante com algumas lojinhas e o terceiro, e mais alto, é um mirante fechado de vidro).
Fiquei na fila pensando no quanto eu poderia ter aproveitado melhor a cidade.
Mas isso pelo menos tinha um lado bom: poderia voltar lá com minha mãe e visitar todos os lugares que não visitei a contento! ; )
Sara estava longe, também desanimada por causa da neblina e fumando seus cigarrinhos de rolo.
Ao chegar na minha vez de comprar os ingressos uma surpresa: o aviso mudou e o terceiro piso seria aberto! Obaa! Iríamos ver Paris bem do alto da torre!!
Por volta das 11 da manhã, já no segundo piso, tomamos um capuccino com uma baguete.
Sara comentou sobre a conversa que tivemos sobre não ficarmos mais juntos.
Conversamos mais e ela ficou melhor.
Tiramos várias fotos e fomos para o terceiro piso.
Como tínhamos demorado no segundo piso, o tempo melhorou bastante.
Ao chegarmos no terceiro piso, a visibilidade já estava bem melhor do que quando chegamos à torre.
Tiramos mais fotos e vimos todos os lados da paisagem.
De repente, mais uma surpresa:
Um alerta de segurança foi dado!
Todos teriam que esvaziar a torre com urgência!
Entendi algo como "ameaça de bomba" em francês.
Os funcionários da torre nos pediram para descer imediatamente!
Detalhe: descer pela escada!!
Os elevadores não poderiam ser utilizados nesta situação de risco.
Logo pensei que seria um alerta falso.
Já tivemos vários desses no meu trabalho e nunca nada aconteceu.
Entretanto, disse à Sara para partirmos logo, pois ela estava tirando fotos com sua máquina profissional de difícil configuração manual, também sem se preocupar muito com o alerta.
Até que ela viu dois bombeiros subindo a escada com uma mangueira de incêndio, rs...
Mudou de idéia rapidinho, largou a foto de lado e começamos a descer.
Não sei quantos degraus são, mas são muitos!
Para descer todo santo ajuda, mas descemos de uma altura incrível!
Já no meio da descida, nos tranquilizamos ao ver que provavelmente era apenas um alarme falso mesmo, pois os elevadores voltaram a funcionar, pegando pessoas dos demais pisos.
Éramos os últimos do terceiro piso a descer.
Continuamos à pé, pois a paisagem era incrível!
De cima, avistamos vários carros do Corpo de Bombeiros chegando.
Foi muito engraçado!
Realmente esta visita à Torre Eiffel foi muito especial!!
segunda-feira, 24 de março de 2008
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